Matérias...

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Amor Descartável ...Silvana Nunes - Meditando em Palavras

Percebo que o casamento passa por uma crise muito séria, pois as pessoas estão se tornando cada vez mais descartáveis. O materialismo é a essência de muitas dificuldades entre homem/mulher, pais/filho e na sociedade...se temos uma visão utilitarista da vida, na qual o outro serve para atender aos meus interesses, eu posso descartá-lo a qualquer momento, e é na ilusão que sou uma pessoa diferente e especial que o meu individualismo é reforçado.Quem já não ouviu a frase "eu vou casar, se não der certo, eu me separo"... pensando assim, as pessoas vão colecionando separações, mas não vão aprendendo. Emmanuel nos diz que " casamento é um regime de convivência, no qual pessoas se confiam uma a outra, no campo da assistência mútua", ou seja, uma relação conjugal é baseada na confiança e no respeito; diz também que "família é uma organização divina, na qual se reencontram amigos e inimigos, para ajustes e reajustes diante das Leis do Destino". O casamento é uma experiência de aprendizado, de renúncia, de intercâmbio de idéias e ideais para o crescimento do espírito. Ao longo da nossa caminhada, vamos encontrar pessoas muito parecidas com aquilo que precisamos aprender, e mesmo que as descartemos, vamos continuar naquela faixa de atração, porque ainda não aprendemos.. Existem casamentos de espíritos afins, aqueles que se gostam e convivem bem; casamentos provacionais, cujo casal precisa passar por experiências de aprendizado entre si, lembrando que provação são degraus de amadurecimento; casamentos expiatórios, que são espíritos endividados entre si, ou seja, um prejudicou o outro e agora deverão reparar a lesão que causaram; e casamentos missionários, aqueles que realizam juntos tarefas de engrandecimento entre si mesmo ou para a humanidade. Vivemos o culto ao ego...primeiro eu, depois os meus e aos outros nada, diante disso, o nosso prazer se torna acima de qualquer outro comprometimento, pois queremos parcerias para atender as nossas carências, queremos que o outro nos faça feliz, e isso não é possível, pois nenhum cônjuge será responsável pela felicidade do outro. Com isso, estamos sempre pedindo que as pessoas se mutilem emocionalmente, para caberem dentro do nosso modelo de fantasia. Uma relação a dois precisa ser viável, porque é uma construção que pressupõe o auto conhecimento. Não podemos achar que vamos mudar alguém, Jesus ajudou as pessoas que demonstraram o desejo de serem ajudadas. Precisamos aprender a permitir que o outro viva e nos deixe viver. E ao sair de um relacionamento, entenda, aceite e se perceba. Então, um casamento saudável é perceber que uma relação se constrói cotidianamente, descobrindo que o outro é cada dia uma outra pessoa.
PP
Silvana Nunes

Um comentário:

Deixe um rastro de luz...